As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas que atingem o lábio e o palato (céu da boca). Afetam uma a cada 650 crianças nascidas no Brasil e são consideradas deformações craniofaciais, podendo ser classificadas como anteriores ou posteriores.
Essa anomalia é considerada uma das mais comuns e o tratamento deve ser iniciado desde o ventre materno e continuado após o nascimento, o que envolve vários especialistas tais como: ortodontista, otorrinolaringologista, pediatra, cirurgião plástico, psicólogo, nutricionista e também o fonoaudiólogo, afim de que a criança possa se reabilitar completamente.
A função da fonoaudiologia para o tratamento dessa deformidade é atuar no pré e pós operatório orientando na fase inicial de sucção, alimentação e por consequência, buscar o bom funcionamento das estruturas que sofreram alterações em decorrência da má formação.
Quanto a fase de sucção (alimentação de leite materno), o fonoaudiólogo auxiliará na orientação da escolha do bico de mamadeira mais adequado, a posição correta para amamentar a criança, entre outros, lembrando que no período pós-cirúrgico, não é permitido a utilização de mamadeira, recomendando-se apenas alimentos pastosos por volta de 3 meses.