A desordem do processo auditivo (DPA) ocorre quando nosso cérebro é incapaz de processar corretamente as informações que escutamos, logo, a mensagem é perdida ou mal entendida.
A dificuldade de processar a informação independe do nível de audição e da habilidade intelectual do indivíduo. Isso acontece pois o sistema nervoso central processa o estímulo sonoro incorretamente e a decodificação é lenta.
Em um ambiente barulhento, a audição é prejudicada, porém, conseguimos separar o som emitido pelo locutor e a figura fundo. Esse processo não pode ser realizado por uma pessoa com DPA, pois o distúrbio causa dificuldade em localizar sons e bloquear ruídos externos.
Atualmente, a DPA foi classificada como um distúrbio cognitivo, pois o impacto negativo na aquisição de linguagem, desenvolvimento social e desempenho escolar é alto.
Frequentemente é confundido com as formas de autismo, portanto, a DPA não deve ser confundida com distúrbios mentais.
Manifestações:
- Problema de manifestação de fala;
- Problema de decodificação e codificação;
- Dificuldade de compreensão em ambientes ruidosos;
- Inversões de letras e ordem de escrita;
- Dificuldade de compreender a leitura;
- Tendência ao isolamento;
- Dificuldade em processos escolares;
- Impressão de problemas auditivos.
O trabalho do fonoaudiólogo no tratamento da desordem do processamento auditivo é desenvolver habilidades auditivas: detecção, localização, sensação, discriminação, atenção, reconhecimento e memória auditiva. Assim, o aprendizado pelo canal auditivo, a compreensão e produção da linguagem oral são estimulados.